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domingo, 11 de dezembro de 2011

Medos Infantis

Raquel Franck Barboza Lhullier
Psicóloga CRP 07/15.446
Especialista em Psicoterapia Cognitivo Comportamental

 
Os medos são comuns na infância. Alguns medos são normais dentro de cada faixa do desenvolvimento infantil e bem conhecidos, tais como: medo do escuro, de estranhos, de barulhos fortes, de separação, da morte e de situações escolares novas.
As vezes estes medos e ansiedades podem aumentar em intensidade e frequência e se transformar em patologias, podendo surgir mesmo na ausência de qualquer ameaça real. O corpo da criança sinaliza que algo não está indo bem mas ela nem sempre sabe como lidar sozinha com estes sintomas fisiológicos, que podem ser: sudorese, dor abdominal, aceleração do batimento cardíaco, tontura, náusea, vômito, aperto no peito e falta de ar.
Os transtornos de ansiedade constituem um grave problema de saúde mental, tanto para as crianças que sofrem quanto para as suas famílias.
Preocupação intensa, medo e irritabilidade fazem parte do quadro emocional da criança ansiosa que pode acabar evitando situações escolares e entrar em conflitos com colegas e familiares. Ela são vistas como inquietas, distraídas, desatentas e podem acabar apresentando um sofrimento significativo, com alterações comportamentais, de humor, psicológicas, cognitivas e interpessoais.
É importante ressaltar a necessidade de uma avaliação médica com o pediatra para excluir causas físicas para os sintomas citados.
Nos últimos 15 anos, estudos tem indicado a Psicoterapia Cognitivo Comportamental como efetiva para a redução de ansiedade e estresse emocional em crianças e adolescentes. O “Amigos para a Vida” é uma das intervenções cognitivo-comportamentais, que foi criado pela Dra. Paula Barret (fundadora da Pathways to Resillience Trust). Ele consiste num programa de prevenção e tratamento da ansiedade na infância, reconhecido pela Organização Mundial da Saúde por seus mais de 12 anos de validação abrangente e avaliação através de vários países e idiomas utilizando rigorosos estudos controlados randomizados. Este programa tem eficácia comprovada na prevenção da ansiedade por até seis anos depois da exposição inicial, uma história de desenvolvimento científico extensivamente publicada, testagem e pesquisa clínica em andamento em todo o mundo. Cabe ressaltar que somente profissionais capacitados estão habilitados para aplicar este programa em âmbitos clínicos e escolares. Se deixada sem tratamento, a ansiedade na infância pode se desenvolver ao longo dos anos em distúrbio(s) de ansiedade crônica em adultos ou, em alguns casos, em depressão, sem contar a perda de qualidade de vida da criança.

Fonte: www.diariopopular.com.br

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