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terça-feira, 20 de julho de 2010

Hidratação, higiene e alimentação saudável, previnem doenças respiratórias

Lúcia NórcioRepórter da Agência Brasil

Curitiba – A adoção de hábitos simples pode evitar complicações para a saúde para a população mais vulnerável em épocas de baixas temperaturas como as registradas nos últimos dias na Região Sul.
A orientação de especialistas é que nessa época sejam redobrados os cuidados com a higiene, hidratação e alimentação saudável, rica em frutas, legumes e verduras.
Os meses de maior incidência de doenças respiratórias são junho, julho e agosto. Esses três meses são responsáveis por 31% deste tipo de doença, segundo o superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde do Paraná, José Lúcio dos Santos.

A secretaria cita como mais preocupante a transmissão do vírus da influenza A (H1N1) e da meningite meningocócica, infecção grave causada por vírus e bactérias, que podem evoluir para a morte.
Santos lembra que ambientes fechados com aglomerações de pessoas, são locais propícios para a transmissão de vírus. Ambientes bem arejados e o hábito de lavar as mãos com água e sabão são exemplos simples para combater doenças oportunistas de inverno.

Segundo Santos, a gripe suína está sendo constantemente vigiada nos 399 municípios do estado. Neste ano, de acordo com o último boletim epidemiológico, divulgado no dia 7 de julho, 1.469 casos da doença com 15 óbitos e foram confirmados 47 casos de meningite meningocócica.

No ano passado, aproximadamente 67 mil pessoas foram internadas no Paraná com doenças do sistema respiratório. Crianças e idosos são os que mais sofrem, pois têm maior fragilidade no sistema imunológico.
Edição: Rivadavia Severo
Fonte: www.agenciabrasil.ebc.com.br 

sábado, 17 de julho de 2010

"Lei do Banquinho" pode evitar surgimento de doenças

Por Jussara Lautenschläger - Diário Popular de Pelotas

Trabalhar em pé por mais de oito horas pode trazer sérios problemas à saúde. Algumas profissões exigem este tipo de esforço, mas medidas preventivas podem minimizar a situação e até evitar o surgimento de doenças. Os comerciários, por exemplo, estão amparados pela legislação 4.520 de 2000, que determina a colocação de mochinhos com altura mínima de 76 centímetros com tampo estofado. Mesmo assim ainda é reduzido o número de estabelecimentos que seguem a legislação, conforme dados do Sindicato dos Empregados no Comércio de Pelotas (Secpel).

O Secpel recebe diariamente denúncias de trabalhadores e da comunidade de que estabelecimentos comerciais ingnoram a legislação vigente. Como o sindicato não tem poder de fiscalização todas as queixas são encomanhidas para o Ministerio do Trabalho (MT) e para a Secretaria de Urbanismo (Seurb).

Além da Lei 4.520, a portaria 3.214 do Ministerio do Trabalho e Emprego, na Norma Regulamentadora (NR), item 17, cita a Ergonomia, na Segurança e Medicina do Trabalho.
A ergonomia é o estudo científico da relação entre o homem e seus ambientes de trabalho, que tem alguns objetivos básicos, entre eles estão possibilitar o conforto ao indivíduo e proporcionar a prevenção de acidentes e do aparecimento de patologias específicas para determinado tipo de trabalho.

Secpel - Na convenção de trabalho da categoria, explica a secretária geral do Secpel, Janete Porto da Silva, também está incluida esta cláusula. "Algumas empresas seguem a Lei e colocam assentos para os funcionários e com isto proporcionam uma melhor qualidade de vida para os trabalhadores e para a empresa", relata Janete.
É importante destacar que a entidade de classe classe faz um trabalho de intermediação entre o comerciário e os orgãos reponsáveis pela fiscalizaçâo destas empresa. O sigilo de quem faz a queixa é absoluto. "Grande parte destes trabalhadores não denunciam por medo de perderam o emprego", conta Janete.

Sindilojas - O assesssor Jurídico do Sindicato do Comércio Varejista de Pelotas (Sindilojas), advogado Luis Antônio Jesus de Carvalho, destaca que a entidade orienta seus associados, remete cópias da legislalção e discute nas assembleias a legislação vigente.
O Sindilojas desenvolve permanentemente um trabalho extenso com a finalidade de conscientizar os lojistas, sobre a importância da lei e de seus benefícios para o trabalahdor e a empresa.

Fiscalização - A Secretaria de Urbanimso (Seurb) ao receber uma denúncia de que a Lei é descumprida, os fiscais vão até o estabelecimento comercial e é feita uma notificação e em caso de reincidência é aplicada uma multa de 50 Unidades de Referência do Muncípio (URMs).
O secretário de Urbanismo, Luciano Oleiro, destaca que também é realizado um trabalho de conscientização junto aos lojistas. "Se todos seguiram o que diz a lei o benefício será imediato", ressalta Oleiro. O órgão conta hoje com 14 fiscais e dos aprovados no concurso foram chamadas mais três.
Oleiro conta que a Seurb possuia apenas três fiscais para atender a demenda de toda a cidade. Com o concurso público foi possível ampliar o número de servidores e com isto intensificar a fiscalização. No ano passado a Seurb realizou mais de 10 mil procedimentos.

Descanso Merecido - A proprietária de um estabelecimento comercial localizado na rua 15 de Novembro, Marta Carapeto, 37, está dentro da legislação. Trabalham na loja três funcionárias e existem no interior da empresa dois banquinhos. A Lei 4.520 de 2000 determina que o número de assentos deve ser de um para cada dois trabalhadores. "Considero fundamental o funcionário sentir-se bem, porque o resultado será bom para o cliente, para a empresa e para o trabalhador", observa a empresária.
A comerciária Fernanda Souza, 19, gosta de usar sapatos com salto e conta que sem o banquinho seria difícil trabalhar em pé por oito horas. "Ninguém consegue ficar tanto tempo na mesma posição sem no final do expediente sentir dor nas pernas. No verão é pior ainda", relata Fernanda.

Sáude do trabalhador - O médico do trabalho, Waldemar Barbosa, explica que trabalhar por oito ou mais horas em pé, pode trazer problemas de saúde tanto para homens como para mulheres.
O médico explica que uma pessoa que fica na mesma posição vertical, sem sustentação da região lombar por um tempo prolongado, começa a sentir dores nas pernas e em consequência, ocorre o surgimento de varizes. O que causa este tipo de doença é a diminuição do retorno da circulação venosa dos membros inferiores por ação da gravidade e este retorno diminui com os anos. A maior incidência é no sexo feminino. A insuficiência venosa acarreta grave implicação socio-econômica, uma vez que é uma das enfermidades que mais provocam afastamento temporário da atividade profissional do indivíduo.
O paciente acometido por varizes procura o médico por três motivos principais: pelo sofrimento que causam, pela preocupação estética e pelo temor das complicações.
Os principais sintomas são dor do tipo queimação ou cansaço, sensação das pernas estarem pesadas ou ardendo, edema (inchaço) das pernas, principalmente ao redor do tornozelo, que, freqüentemente, melhoram com a elevação dos membros inferiores e agravam-se no fim do dia, quando se permanece por longo tempo em uma mesma posição, no caso em pé. Para quem trabalha no comércio deve ter cuidado, alerta o médico, com o tipo de calçado que usa. O indicado é o que a pessoa sente-se confortável, saltos não são indicados.

Fonte: http://www.diariopopular.com.br


quinta-feira, 15 de julho de 2010

Cirurgia Robótica

No ano de 2000, o FDA aprovou a utilização do robô para algumas cirurgias. O sistema permite reproduzir com precisão cada movimento feito pelo cirurgião. 
O sistema ganhou o nome de "da Vinci" pois é atribuída a Leonardo da Vinci a idéia de criar o primeiro robô.
Saiba mais a respeito visitando: http://www.davincisurgery.com/

terça-feira, 6 de julho de 2010

Podemos prevenir a Doença de Alzheimer?

Pesquisa fornece novas pistas

Fazer  palavras cruzadas pode evitar a perda de memória à medida que envelhecemos? Exercícios podem reduzir ou impedir o surgimento da Doença de Alzheimer? Será que a adição de óleo de peixe na dieta ajuda a manter nosso cérebro saudável? O Institudo Nacional de Saúde dos Estados Unidos recentemente convocou uma conferência para responder a estas e outras questões. A conclusão? A investigação até agora tem oferecido boas indicações sobre a prevenção da doença de Alzheimer e declínio cognitivo relacionado a idade.



http://newsinhealth.nih.gov/issue/Jul2010/Feature1
Mais em  

Novas diretrizes propondo redução de sal e gordura

MedWire News: O Instituto Nacional de Saúde e Excelência Clínica (NICE) do Reino Unido lançou novas orientações solicitando a eliminação de todos os ácidos graxos trans (IPTFAs) e uma redução do sal e dos níveis de gordura saturada em produtos alimentícios no Reino Unido . 

As orientações, que pretende  estabelecer  estratégias para prevenir a doença cardiovascular (DCV), recomenda a proibição total de todos os IPTFAs, uma substância que contribui para a ocorrência de 4500-7000 mortes relacionadas com doenças cardiovasculares por ano. 

NICE recomenda igualmente uma redução no consumo de sal de 9 gramas (atual) /dia para 6 gramas/dia, informando que isto vai reduzir as mortes por doença cardio-vascular em até 20 mil por ano.

Fonte: http://www.incirculation.net/  

Creatina não incrementa benefícios nos exercícios de reabilitação cardíaca

MedWire News: O uso de suplementos de creatina durante um programa de exercícios não fornece nenhum benefício adicional sobre o exercício isoladamente em pacientes com doença arterial coronariana (DAC) ou insuficiência cardíaca crônica (ICC), de acordo com o relatório dos investigadores belgas. 


Fonte: In Circulation - http://www.incirculation.net/NewsItem/Creatine-does-not-enhance-exercise-benefits-of-car.aspx

domingo, 4 de julho de 2010

Monitorização continua da glicose no sangue

Pacientes diabéticos devem manter controle adequado da glicose no sangue pois ambos os extremos trazem riscos ao paciente: a hiper e a hipoglicemia.
Para monitoramento existem vários dispositivos, os Glicosímetros,  bastante acessíveis e fáceis de usar.
Uma nova tecnologia já está disponível embora ainda com custo mais elevado. São os dispositivos para "Monitorização Contínua da Glicose".
Estes últimos devem ser implantados exclusivamente por médico treinado e sob sua supervisão. A seguir mais informações a respeito.

http://forecast.diabetes.org/files/images/v63n01_p44v2.pdf

Fonte: American Diabetes Association  http://www.diabetes.org

quinta-feira, 1 de julho de 2010

O mar se transformando em óleo

Por Márcio Accioly

Responda depressa: quando essa festança (Copa Mundial de Futebol) que ora domina a atenção de boa parte do mundo terminar, os responsáveis pela administração mundial cuidarão de parar o vazamento de óleo no Golfo do México, ou arranjarão nova forma de entreter massas desinformadas e facilmente manipuláveis?

O problema é que pelicanos e outros pássaros marinhos, golfinhos, baleias, tubarões, tartarugas e peixes de todas as espécies estão morrendo às centenas de milhares e os países concentrados na Região já sentem os efeitos desastrosos no anúncio da perda de bilhões de dólares com o turismo. Vai ter muita fome, muita mesmo!

Desemprego, desespero, impotência diante de acontecimento que depende da aplicação de avançada tecnologia que agora se sabe ainda não existir. Outra pergunta que insiste em permanecer: por quantos meses mais ou anos serão jogados 60 mil barris diários de óleo dentro do Golfo, vindos do poço que vaza desde o último 20 de abril?

Para se ter idéia precisa, o Golfo do México está hoje com mais de dois por cento de óleo. Este óleo vai avançando por toda a Costa Leste dos EUA, na direção do Ártico, apodrecendo lá em baixo as praias de Cuba, Bahamas e outros países. Cada qual vai recebendo sua dose de veneno, pois não se dispõe de meios para estancar o desastre.

Nos EUA o drama é seriíssimo. A indústria pesqueira que abastece o país é quase toda concentrada no Sul. Os prejuízos são incalculáveis: contam-se aos bilhões de dólares! Já existe até registro de suicídio por conta do fato. A fedentina é insuportável e as pessoas têm consciência de que tudo piora a cada novo dia.

Como desgraça pouca é consolo, o presidente Barack Obama foi a Toronto, no Canadá, e anunciou na reunião do G-20 que os EUA vão ter de apertar o cinto para reduzirem seu déficit de mais de 13 trilhões de dólares.

O economista David Walker, que está à frente de um grupo que fiscaliza a política fiscal norte-americana (Fundação Peter G. Peterson), diz que seu país tem de se preparar para “apertar o cinto”. Ou se tomam providências agora, em sua opinião, ou “a bomba-relógio irá explodir em breve”.

Walker acredita que a única coisa que se tem de fazer é esclarecer o povo. Por isso, sua Fundação tem patrocinado palestras de Norte a Sul, enfocando a gravidade da questão do déficit e dizendo a todos que fiquem bonzinhos, deixem de gastar e aguardem a sua redução para voltarem então com o desperdício novamente.

Com relação ao vazamento do óleo, a possível solução não é nada animadora, mas grupo respeitável de cientistas entende que pode estar a caminho. Seria decretada pela própria Natureza, sendo, portanto, inevitável. O porta-voz desse grupo, Robert Felix, escreveu dois livros que começam a fazer sucesso, alcançando grande vendagem.

O primeiro deles, “Not By Fire But By Ice” (1995), afirma que a Terra já entrou numa mini-era glacial (fato que se registra a cada 11.500 anos), com a diminuição da atividade do Sol, maior incidência de terremotos, massivas erupções vulcânicas (inclusive submarinas), fortes chuvas e enchentes que devastam o planeta.

Tudo isso começou com a mudança da própria órbita da Terra, o que explica a alteração ambiental. Os vulcões iniciam a reversão magnética (mudança de pólo), fazendo com que correntes elétricas promovam espécie de natural “curetagem” ao livrarem o planeta de corpos estranhos, soldando falhas e fendas na limpeza geral.

O segundo livro, “Magnetic Reversals and Evolutionary Leaps”, põe Darwin no bolso ao formular teoria de mudança abrupta das espécies e extinções causadas pela reversão magnética. A natureza sabe cuidar de si mesma, e dispensa o auxílio humano em rituais que tentam honrar imaginários deuses. Só nos resta, com paciência, esperar.

Márcio Accioly é Jornalista.

Fonte: www.alertatotal.net 

terça-feira, 22 de junho de 2010

Diabéticos fisicamente ativos têm melhor qualidade de vida que os não-diabéticos, diz estudo

15th Annual International Meeting of the International Society for Pharmacoeconomics and Outcomes Research 
15 de maio a 19 de maio de 2010
Diabéticos fisicamente ativos têm melhor qualidade de vida que os não-diabéticos, diz estudo
Os diabéticos que fazem exercícios regularmente e tentam perder peso podem ter melhor qualidade de vida física e mental do que as pessoas que não têm a doença - mesmo que os não-diabéticos tenham esses mesmos hábitos -, segundo estudo apresentados esta semana no Encontro da International Society for Pharmacoeconomics and Outcomes Research, nos Estados Unidos. “O controle do peso e os exercícios são tratamentos autocontrolados importantes para pacientes com diabetes mellitus tipo 2”, ressaltaram os autores, acrescentando que ambos estão associados ao controle da glicose e à melhora da qualidade de vida dos pacientes.
Na recente pesquisa, os participantes de um “estudo americano para ajudar a melhorar a avaliação precoce e o controle dos fatores de risco que levam ao diabetes” relataram se haviam tentado perder peso nos 12 meses anteriores e se estavam se exercitando regularmente por mais de seis meses. Eles ainda completaram pesquisa de qualidade de vida um ano mais tarde, enquanto os pesquisadores avaliaram condição física e mental dos voluntários, considerando idade, gênero, etnia, escolaridade, renda, índice de massa corporal e estado da doença.
De acordo com os especialistas, entre os diabéticos (2419 pessoas), 71% relataram tentativas de perder peso nos últimos 12 meses e 20% se exercitavam regularmente há seis meses; e entre os 6750 voluntários que não tinham a doença, 64% haviam tentado emagrecer, e 25% faziam atividades físicas regulares. As análises mostraram que o fato de tentar perder peso não estava associado a melhoras significativas nos escores físicos, mas se relacionava a maiores escores de função mental no ano seguinte. Além disso, o hábito de se exercitar foi associado a uma melhora tanto física quanto mental entre os pacientes.
“Os respondentes com diabetes mellitus tipo 2 que relataram se exercitar regularmente tinham, significativamente, melhor qualidade de vida física, comparados aos respondentes sem diabetes que se exercitavam regularmente”, resumiram os pesquisadores. “Os respondentes com diabetes que relataram tentar perder peso ou se exercitar regularmente por mais de seis meses tinham melhor qualidade de vida mental, comparados aos respondentes sem diabetes que tentaram perder peso”, completaram, destacando a necessidade de mais estudos para desvendar as razões desses resultados.
Fonte: 15th Annual International Meeting of the International Society for Pharmacoeconomics and Outcomes Research. The Ispor Outcomes Research Digest. ID: 23727.

Efeito da prática de exercícios sobre os sintomas de ansiedade: uma revisão sistemática

Herring MP, OConnor PJ, Dishman RK. The effect of exercise training on anxiety symptoms among patients: a systematic review. Arch Intern Med. 2010 Feb 22;170(4):321-31.
Cenário: Em pacientes com doenças crônicas, a ansiedade frequentemente passa despercebida ou não é tratada corretamente. A prática regular de atividades físicas pode ajudar a melhorar os sintomas da ansiedade. No presente estudo, os pesquisadores estimaram o possível efeito dos exercícios sobre os níveis de ansiedade e se variáveis teóricas ou práticas poderiam modular este efeito.
Métodos: Artigos publicados de janeiro de 1995 a agosto de 2007 foram localizados utilizando a Base Americana de Dados Científicos de Diretrizes para Atividade Física, suplementada por pesquisas adicionais ao longo de dezembro de 2008 nas seguintes bases de dados: Google Scholar, MEDLINE, PsycINFO, PubMed e Web of Science. Foram selecionados 40 artigos em língua inglesa publicados em jornais e revistas especializadas envolvendo adultos sedentários, portadores de doenças crônicas. Estes estudos incluíam tanto uma aferição da evolução da ansiedade à admissão e após a atividade física (uma avaliação aleatória da intervenção com exercícios após 3 ou mais semanas), quanto uma comparação com um estado que impedia a atividade física. Os dois coautores calcularam de modo independente o efeito Hedge-d dos estudos de 2.914 pacientes e extraíram informações relacionadas às potenciais variáveis moduladoras. Modelos de efeitos aleatórios foram utilizados para estimar erros de amostragem e variações populacionais em todas as análises.
Resultados: Comparado às situações que impediam a prática de exercícios, a atividade física regular reduziu significativamente os sintomas de ansiedade através de um efeito Delta de 0,29 (intervalo de confiança de 95%, 0,23-0,36). Os programas de condicionamento físico com duração máxima de 12 semanas, utilizando sessões com duração mínima de 30 minutos e pacientes com relatos de níveis de ansiedade maiores que os da semana anterior à intervenção apresentaram os melhores resultados em relação ao controle da ansiedade.

Conclusão: A atividade física regular reduz os sintomas de ansiedade entre pacientes sedentários com doenças crônicas.

Fonte: Medical Services

Influência da prescrição eletrônica na suplementação de cálcio: um ensaio clínico randomizado e controlado

Pesquisadores norte-americanos publicaram, recentemente, no American Journal of Obstetrics and Gynecology, um estudo em que procuraram determinar se a prescrição eletrônica de suplementos de cálcio aumenta a aderência ao tratamento.

Duzentos e quarenta e cinco pacientes, com idade entre 19 e 50 anos, submetidas a avaliações ginecológicas anuais, foram randomicamente alocadas para aconselhamento verbal sobre o uso de suplementos de carbonato de cálcio com vitamina D (n = 122) ou a aconselhamento verbal e prescrição eletrônica (n = 123). Entrevistas telefônicas após três e seis meses determinaram a aderência às recomendações.

Mulheres que receberam a prescrição eletrônica apresentaram tendência maior de utilizar suplementos de cálcio que as pacientes controle após três e seis meses. Após três meses, 66% das mulheres que receberam uma prescrição eletrônica relatou aderência (P = 0,001). Após seis meses, 57% das participantes declararam aderência (P = 0,001). Após seis meses, mulheres que receberam prescrição eletrônica apresentaram tendência 2,2 vezes maior de relatar ter tomado suplementação de cálcio que as pacientes controle (IC95% = 1,5 – 3,1).

Os pesquisadores concluíram que a prescrição eletrônica de suplementos de cálcio associa-se a aumento significativo da aderência, comparada ao aconselhamento verbal isolado.


Uma resenha de Electronic prescribing influence on calcium supplementation: a randomized controlled trial - American Journal of Obstetrics and Gynecology; 2010;202(3):236.e1 – 5


Fonte: Medical Services

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Petróleo vazando no Golfo do México 2

Enquanto a torcida amestrada pinta a cara e sopra aquela corneta de nome estranho, outros jogam bola, alguns poucos faturam alto e a mãe Terra vaza. 
A conta vai ser muito alta. 
Não tenhamos receio de manifestar nossas opiniões a respeito de um assunto tão sério. É nosso Lar que está com problemas
Watch this video:
http://www.youtube.com/watch?v=UoVYn8YLf6E

Petróleo vazando no Golfo do México 1

Petróleo no Golfo: Usando dois neurônios pode-se perceber que o vazamento é muito maior do que se imaginava no início.
A Mãe Terra está "sangrando".
Watch this video:http://www.youtube.com/watch?v=a_uMg84BBzE&feature=player_embedded

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Adultos de 20 a 29 anos devem se vacinar contra a gripe H1N1

Gestantes, crianças de seis meses a menores de dois anos e doentes crônicos também podem ser vacinados até 23 de abril, além das pessoas de 20 a 29 anos
Começa nesta segunda-feira, dia 5 de abril, a terceira etapa da estratégia nacional de vacinação contra a influenza H1N1. Adultos com idade entre 20 e 29 anos têm até o dia 23 de abril para tomar a vacina. A meta do Ministério da Saúde é imunizar pelo menos 80% do público-alvo desse grupo, formado por 35,1 milhões de pessoas. Essa faixa etária foi a que teve o maior número proporcional de casos de doença respiratória grave causada pelo novo vírus no ano passado: 24% do total de 44.544 casos, em todo o país. O grupo também concentrou 20% das mortes ocorridas em 2009 (ao todo, foram 2.051).

Em virtude do feriadão da Semana Santa, o Ministério da Saúde prorrogou a vacinação de grávidas, doentes crônicos (exceto idosos) e crianças de seis meses a menores de dois anos até o dia 23 de abril. Assim, a segunda etapa, que terminaria na última sexta-feira (2), deverá continuar ao longo da terceira fase. Os estados, em parceria com os municípios, são responsáveis por definir e divulgar os locais e horários de vacinação. Em todo o país, são mais de 36 mil salas de imunização. Para serem vacinadas, as pessoas de 20 a 29 anos devem ir aos postos de vacinação levando documento de identidade com foto.

Com a prorrogação da segunda fase até 23 de abril, todas as grávidas que ainda não se vacinaram, independentemente do período de gestação, devem se imunizar. As mulheres que engravidarem após o fim da terceira etapa poderão tomar a vacina nas fases seguintes. Não é necessário apresentar atestado médico para comprovar a gravidez.

Na vacinação das crianças, pais e responsáveis devem levar aos locais de imunização apenas os bebês de seis meses a menores de dois anos. É muito importante levar o cartão de vacinação das crianças. Elas receberão uma dose dividida em duas vezes. A segunda meia dose será administrada 30 dias após a primeira. Se a criança completar seis meses depois do dia 2 de abril, também poderá ser vacinada normalmente.

Em relação aos doentes crônicos, devem procurar os postos de vacinação pessoas com menos de 60 anos que têm problemas sérios de coração, pulmão, rins, fígado, diabéticos, pacientes em tratamento para aids e câncer ou os chamados grandes obesos (veja lista abaixo). Aqueles que serão vacinados devem levar aos postos um documento de identidade com foto e a carteira de vacinação do adulto, se possuírem. Também não é preciso levar atestado médico comprovando a doença crônica.

Os idosos com doenças crônicas devem aguardar. A população com mais de 60 anos terá uma etapa exclusiva, entre os dias 24 de abril e 7 de maio, juntamente com a Campanha Nacional de Vacinação do Idoso contra gripe comum. Nesse período, todos os idosos serão imunizados contra a gripe comum, como acontece todos os anos. Se tiverem doenças crônicas, serão vacinados também contra a gripe pandêmica. Assim, o idoso só precisará ir ao local de vacinação uma única vez.

ETAPAS DE VACINAÇÃO – A estratégia de vacinação contra a influenza pandêmica foi dividida em cinco etapas, para públicos específicos (veja cronograma abaixo). Os grupos prioritários são aqueles que têm o maior risco de desenvolver formas graves da doença e de morrer. Eles foram definidos pelo Ministério da Saúde em consenso com sociedades científicas, entidades de classe e representantes de estados e municípios. Os critérios para definição dos públicos prioritários levaram em conta as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), os dados epidemiológicos observados na primeira onda da pandemia no Brasil e a experiência dos países do Hemisfério Norte.

A OMS recomendou a imunização de quatro grupos: trabalhadores de serviços de saúde, indígenas, gestantes e pessoas com doenças crônicas. O governo brasileiro ampliou a vacinação para outros três grupos: crianças de seis meses a menos de dois anos e adultos de 20 a 29 anos e de 30 a 39 anos.

Ao todo o Ministério da Saúde adquiriu 113 milhões de doses para vacinar 91 milhões de pessoas contra gripe pandêmica. A meta é imunizar pelo menos 80% desse público-alvo.

CRONOGRAMA DE VACINAÇÃO DOS GRUPOS PRIORITÁRIOS

Grupos Prioritários
Data da vacinação
Trabalhadores da rede de atenção à saúde e profissionais envolvidos na resposta à pandemia
08/03 a 19/03
Indígenas
Gestantes (mulheres que engravidarem após esta data poderão ser vacinadas nas demais etapas da campanha)
22/03 a 21/05
Doentes crônicos (Idosos com doenças crônicas serão vacinados em data diferente,
durante a campanha anual de vacinação contra a gripe sazonal)
22/03 a 23/04
Crianças de seis meses a menores de dois anos
22/03 a 23/04
População de 20 a 29 anos
05/04 a 23/04
CAMPANHA NACIONAL DE VACINAÇÃO DO IDOSO
Pessoas com mais de 60 anos vacinam-se contra a gripe comum. Aqueles com doenças crônicas também serão vacinados contra a gripe pandêmica
24/04 a 07/05
População de 30 a 39 anos
10/05 a 21/05

DOENÇAS CRÔNICAS PARA VACINAÇÃO
Os pacientes devem consultar o médico antes de tomar a vacina para esclarecer dúvidas e receber orientações

- Pessoas com grande obesidade (Grau III), incluídas atualmente nos seguintes parâmetros:

crianças com idade igual ou maior que 10 anos com índice de massa corporal (IMC) igual ou maior que 25;

criança e adolescente com idade maior de 10 anos e menor de 18 anos com IMC igual ou maior que 35;

adolescentes e adultos com idade igual ou maior que 18 anos, com IMC maior de 40 ;

- Indivíduos com doença respiratória crônica desde a infância (ex: fibrose cística, displasia broncopulmonar);

- Indivíduos asmáticos (portadores das formas graves, conforme definições do protocolo da Sociedade Brasileira de Pneumologia);

- Indivíduos com doença neuromuscular com comprometimento da função respiratória (ex: distrofia neuromuscular);

- Pessoas com imunodepressão por uso de medicação ou relacionada às doenças crônicas;

- Pessoas com diabetes;

- Pessoas com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e outras doenças respiratórias crônicas com insuficiência respiratória crônica (ex: fibrose pulmonar, sequelas de tuberculose, pneumoconioses);

- Pessoas com doença hepática: atresia biliar, cirrose, hepatite crônica com alteração da função hepática e/ou terapêutica antiviral;

- Pessoas com doença renal: insuficiência renal crônica, principalmente em doentes em diálise;

- Pessoas com doença hematológica: hemoglobinopatias;

- Pessoas com terapêutica contínua com salicilatos, especialmente indivíduos com idade igual ou menor que 18 anos (ex: doença reumática auto-imune, doença de Kawasaki);

- Pessoas portadoras da síndrome clínica de insuficiência cardíaca;

- Pessoas portadoras de cardiopatia estrutural com repercussão clínica e/ou hemodinâmica:

Hipertensão arterial pulmonar

Valvulopatia

- Pessoas com cardiopatia isquêmica com disfunção ventricular (fração de ejeção do ventrículo esquerdo [FEVE] menor do que 0.40);

- Pessoa com cardiopatia hipertensiva com disfunção ventricular [FEVE] menor do que 0.40;

- Pessoa com cardiopatias congênitas cianóticas;

- Pessoas com cardiopatias congênitas acianóticas, não corrigidas cirurgicamente ou por intervenção percutânea;

- Pessoas com miocardiopatias (Dilatada, Hipertrófica ou Restritiva);

- Pessoas com pericardiopatias.



Parceiros do Ministério da Saúde na construção da estratégia nacional de vacinação contra influenza H1N1:


1. Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (CONASS)

2. Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS)

3. Conselho Federal de Medicina (CFM)

4. Associação Médica Brasileira (AMB)

5. Associação Brasileira de Enfermagem (ABEN)

6. Grupo Assessor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde

7. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo)

8. Sociedade Brasileira de Cardiologia

9. Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia

10. Sociedade Brasileira de Imunização

11. Sociedade Brasileira de Infectologia

12. Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade

13. Sociedade Brasileira de Pediatria

14. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia

15. Núcleo de Educação e Saúde Coletiva da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Outras informações
Atendimento à Imprensa

(61) 3315 3580 e 3315 2351    Fonte: www.saude.gov.br

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Imagens I

Após o grande tremor a rua deserta é iluminada apenas pelo flash da câmera.
Os sons de alarmes de prédios e veículos invadem a noite


Nosso "simógrafo" - Quandos as flores começavam a balançar era sinal de que mais um tremor estava chegando e as pessoas se preparavam para algo pior.
Os tremores menores, chamados de "réplicas" foram mais de uma centena até nossa saída seis dias depois.



quinta-feira, 1 de abril de 2010

Três minutos

Três minutos.
Foi o quanto durou o terremoto. Parece pouco mas pareceu uma eternidade.
O que é possível fazer em três minutos?
O que você faria?
Tomar um cafezinho, comer um "croissant", ou quem sabe assistir alienado aquele comercial de TV?
Quem sabe utilizar os próximos minutos para se aproximar de sua esposa ou marido, filhos, netos ou ainda chamar seus amigos e dizer o quanto os ama e que eles são o que realmente importa em sua vida?
Quantas vezes você tem feito isto ultimamente?
Quem sabe pensar na qualidade do seu trabalho e sua missão no mundo? Você vale pelo quanto ganha ou pelo que faz?
Seja útil para os outros e para sí mesmo. Faça sua vida valer para não ter do que se arrepender.
Caiu? Levante-se, corrija a rota e retome o bom caminho. Seja um trabalhador da Luz
Escolha assistir a aurora ou crepúsculo, contar estrelas ou flertar com a lua.
Contemple as belezas que o cercam – e elas são muitas – deixe-se levar pelo devaneio para depois voltar ao trabalho com dedicação ainda maior.
Coisas tão simples e ao mesmo tempo tão belas e esquecidas.
Fale, contemple, abraçe, beije, admire, surpreenda-se.
Não apenas nos próximos três minutos mas em todos os outros que se seguirão em sua valiosa vida.

Por Waldemar Hillal Barboza

Trinta dias depois do 8.8

Há exatamente um mês, aproximadamente neste horário, um dos maiores terremotos de todos os tempos atingiu o Chile.
Ali estávamos, eu e minha esposa, compartilhando alguns poucos dias de merecidas férias.
Foram os mais longos três minutos de nossas vidas.

Chega o tremor e logo, suor,frio e calor. Corpos e mentes em alerta total.
Ruídos intensos em sucessão, dos mais graves aos mais agudos. Ensurdecedor.
Vem então a constatação da impotencia e um pensamento de agradecimento a Deus pela oportunidade de ter vivido. Depois o abraço amoroso e silencioso, simbolizando desapego e resignação.

A saída apressada mas consciente e organizada.
A pessoa amada que se abraça e algumas coisas importantes para levar. O restante, que é apenas o resto, apenas matéria, pode ficar.
Na saída a busca da luz com o encontro de um corredor pródigo, aconchegante e iluminado pelo gerador.
Em seguida alarmes e instruções com vozes roucas, certamente inseguras pela primeira vez, dão o tom da vida, dando instruções para encontrar a saída.

No final a chegada ao solo firme e o encontro.
Homens e mulheres de diversas raças e crenças, muitos que talvez não acreditassem em nada mais além das posses materiais, estão unidos pela mesma realidade.

A seguir o que se vê são nuances diversas de um mesmo quadro: a percepção da fragilidade
Alguns manifestam por um silencio cuidadoso e outros com um soluço contido, quase silencioso.

E a solidariedade? Ah... esta dama tão ausente no mundo da competição apresentou-se vestindo traje de gala, em grande estilo, para confraternizar a vida.
Alguem alcança uma toalha que na mesa já estava, para ajudar cobrir a nudez de uma pessoa que se sentia humilhada.

Achei oportuno pegar um vidro com caramelos que estava no balcão da recepção para adoçar as vidas dos outros que alí estavam e que, na verdade, eram nossos irmãos.
O sorrisos se sucederam ao receber as doçuras e alguém pensou que um anjo estava passando por ali para espantar as loucuras.
A insonia predomina e não pode ser vencida. Eis então que os primeiros raios de sol nos saúdam dizendo: Bom dia! E a esperança predomina.
Pessoas que até então se consideravam desconhecidas, trocam abraços e confraternizam o triunfo da vida.

Por Waldemar Hillal Barboza - Médico Geriatra e sobrevivente agradecido do 8.8

Médico pelotense que estava no Chile volta paracasa

Por: Hélen Albernaz
helen@diariopopular.com.br
Foto: Diario Popular

Quase uma semana depois do planejado, o médico pelotense Waldemar Barboza, que estava no Chile quando aconteceu o terremoto que abalou o país, voltou para casa na tarde de quinta-feira (4). Ele e a esposa conseguiram embarcar às 2h em um voo de Santiago para Porto Alegre, de onde pegaram um ônibus para Pelotas. Em visita ao Diário Popular na manhã desta sexta-feira, o médico contou como foram os últimos momentos no Chile e a sensação de voltar para casa. "Prometi a mim mesmo que viria cumprimentar vocês, assim como tantas outras pessoas que, de lá, eu pensei que poderia não ver mais", afirmou.


Como foi previsto, na terça-feira à tarde os voos comercias começaram a ser liberados aos poucos no aeroporto de Santiago. Barracões improvisados foram montados para as empresas aéreas atenderem os passageiros. Waldemar e a esposa foram até o consulado brasileiro para entrar em uma lista de espera para voltar ao Brasil nos aviões de ajuda humanitária, entretanto decidiram voltar por conta própria já que as passagens estavam reservadas e havia previsão de embarque. "Quando estavamos indo para o aeroporto o consulado ligou dizendo que havia lugar para irmos, mas decidimos voltar com a empresa aérea e deixar que outras pessoas sem passagens utilizassem os aviões enviados pelo Brasil", contou.

Menos de um dia em Pelotas e o médico já está trabalhando. "Se tem pessoas precisando de atendimento não tem por que esperar", explicou, ao se despedir para receber um paciente que vinha de outra cidade para consultar. Mesmo com tantos compromissos para colocar em dia, Waldemar reservou um tempo para dar atenção à família. A filha e o genro do casal foram para sua casa logo que eles chegaram. "Ficamos vendo as fotos e lembrando dos momentos que passamos lá". O filho, que está em Curitiba, falou com os pais pelo telefone e insistiu para eles irem visitá-lo o quanto antes.

Waldemar lembrou a todo momento o drama que os chilenos estão vivendo e lamentou não poder ficar para tentar ajudar de alguma maneira. "Eles precisam de tudo nesse momento, de qualquer ajuda, e se eu não tivesse a minha família aqui e os meus compromissos profissionais, ficaria lá. Iria para o litoral prestar algum serviço àquelas pessoas porque o cenário é muito triste", afirmou.

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Chile. Médico pelotense relata impressões do terremoto

Por: Hélen Albernaz
helen@diariopopular.com.br

"Tudo que a gente já viu no cinema ou já ouviu falar é absolutamente diferente da realidade, é impossível imaginar a sensação", assim começou o relato do médico pelotense Waldemar Barboza sobre o terremoto que atingiu o Chile na madrugada de sábado (27). O médico estava no país havia uma semana em férias com a esposa quando ocorreu a tragédia e impediu que eles voltassem para o Brasil. Ele contou pelo telefone ao Diário Popular, que está tudo bem com os dois, assim como com todos que estavam no hotel do bairro Providência, em Santiago, onde estão hospedados. No local há uma média de 20 brasileiros e outros turistas de diferentes países, todos esperam ansiosos a liberação do aeroporto para poder voltar para casa.

Barboza narrou com detalhes o pesadelo vivido durante os minutos que a terra tremeu. "Nos sentimos impotentes perante a natureza", afirmou ao lembrar que as paredes realmente se mexiam, a cama pulava e o barulho era ensurdecedor. Quando o tremor parou todos foram para o saguão do hotel. "Me chamou muito a atenção como essas situações mostram sempre o melhor e o pior do ser humano. Ali, naquele saguão, cada um fazia o possível para ajudar os outros, eramos todos iguais", contou Barboza lembrando do momento em que um dos hóspedes apareceu completamente nu no lobby e ninguém ficou constrangido com a situação, "de imediato alguém saiu correndo para emprestar roupas, pois sabiamos que não tinha como ninguém voltar aos quartos".

Três dias depois do susto, dividindo o mesmo teto e a mesma angústia, o grupo tem momentos de descontração lembrando das situações vividas. O médico pelotense é chamado de baleiro, pois no momento em que todos tentavam voltar a sí, viu um vidro cheio de balas que estava na recepção e saiu distribuindo, "na hora pensei que uma balinha doce poderia ajudar a acalmar as pessoas, era fundamental manter o equilíbrio e não se desesperar", lembrou.


A comunicação ainda é precária no país, pouquíssimos dados oficiais chegam a quem está lá. Por isso, até agora a única informação mais concreta é de que na tarde de terça-feira, por volta das 15h, os voos internacionais começarão a ser liberados aos poucos. "Todos queremos ir para casa, mas é preciso ter paciência. Até porque sabemos que lá estará tudo bem e como deixamos, a situação de quem vai ficar aqui depois que formos embora é muito pior, por isso a ajuda humanitária é prioridade", afirmou o médico sobre o uso do aeroporto só para receber ajuda de outros países.

Família
A família de Waldemar também espera ansiosa o retorno dele e da esposa à cidade. De acordo com a filha do médico, Raquel Barboza Lhullier, os pais ligaram bem cedo na manhã de sábado para avisar a família de que estava tudo bem. "Nós dormiamos ainda e nem sabíamos da tragédia, por isso conseguimos manter a calma e desde lá nos falamos sempre que possível", contou.

Raquel está fazendo contato com os pacientes do pai que ligam a todo momento preocupados. "No consultório o telefone não para de tocar para saber notícias deles, mas é difícil conseguir avisar todo mundo de que está tudo bem", contou.


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Pelotenses no Chile aguardam retorno após terremoto

Bianca Zanella, com informações de Waldemar Barboza, do Chile


Com um sinal de internet fraco, acessando de uma cafeteria no bairro Providência, na capital chilena, o médico pelotense Waldemar Barboza concedeu uma entrevista ao site Pelotas Mais na manhã desta segunda-feira (1º). Pelo programa de mensagens instantâneas (MSN) ele fez um relato da situação direto do país atingido pelo terremoto que alcançou 8,8 graus na escala Richter na noite de sábado (27).

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