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quinta-feira, 1 de abril de 2010

Médico pelotense que estava no Chile volta paracasa

Por: Hélen Albernaz
helen@diariopopular.com.br
Foto: Diario Popular

Quase uma semana depois do planejado, o médico pelotense Waldemar Barboza, que estava no Chile quando aconteceu o terremoto que abalou o país, voltou para casa na tarde de quinta-feira (4). Ele e a esposa conseguiram embarcar às 2h em um voo de Santiago para Porto Alegre, de onde pegaram um ônibus para Pelotas. Em visita ao Diário Popular na manhã desta sexta-feira, o médico contou como foram os últimos momentos no Chile e a sensação de voltar para casa. "Prometi a mim mesmo que viria cumprimentar vocês, assim como tantas outras pessoas que, de lá, eu pensei que poderia não ver mais", afirmou.


Como foi previsto, na terça-feira à tarde os voos comercias começaram a ser liberados aos poucos no aeroporto de Santiago. Barracões improvisados foram montados para as empresas aéreas atenderem os passageiros. Waldemar e a esposa foram até o consulado brasileiro para entrar em uma lista de espera para voltar ao Brasil nos aviões de ajuda humanitária, entretanto decidiram voltar por conta própria já que as passagens estavam reservadas e havia previsão de embarque. "Quando estavamos indo para o aeroporto o consulado ligou dizendo que havia lugar para irmos, mas decidimos voltar com a empresa aérea e deixar que outras pessoas sem passagens utilizassem os aviões enviados pelo Brasil", contou.

Menos de um dia em Pelotas e o médico já está trabalhando. "Se tem pessoas precisando de atendimento não tem por que esperar", explicou, ao se despedir para receber um paciente que vinha de outra cidade para consultar. Mesmo com tantos compromissos para colocar em dia, Waldemar reservou um tempo para dar atenção à família. A filha e o genro do casal foram para sua casa logo que eles chegaram. "Ficamos vendo as fotos e lembrando dos momentos que passamos lá". O filho, que está em Curitiba, falou com os pais pelo telefone e insistiu para eles irem visitá-lo o quanto antes.

Waldemar lembrou a todo momento o drama que os chilenos estão vivendo e lamentou não poder ficar para tentar ajudar de alguma maneira. "Eles precisam de tudo nesse momento, de qualquer ajuda, e se eu não tivesse a minha família aqui e os meus compromissos profissionais, ficaria lá. Iria para o litoral prestar algum serviço àquelas pessoas porque o cenário é muito triste", afirmou.

http://www.diariopopular.com.br

 

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